Vem aí o 1° de maio da classe trabalhadora. Para marcar essa data tão importante, a CUT-DF realizará um grande ato político-cultural, a partir das 16h, no estacionamento da Funarte, atrás da torre de TV. A atividade contará com um show da artista Ale Terribili, homenageando o eterno Gonzaguinha, que transformou em poesia muitas das dores e anseios da nossa gente.
Além disso, teremos a pré-estreia exclusiva do documentário de Max Alvim: “O povo pode?”, que retrata as mudanças que o país enfrentou nos últimos anos pelo olhar de pessoas comuns, captadas durante a Caravana do ex-presidente Lula pelo nordeste brasileiro.
“É muito importante a participação de todas e todos neste grande ato que está sendo preparado. Também, é fundamental entender que esse é um dia de relembrarmos as lutas do passado e apontar a organização e a unidade necessárias para que haja avanço de direitos e conquistas do futuro”, afirma o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.
História que ultrapassa gerações
O dia 1º de maio é conhecido em todo o mundo como o Dia do Trabalhador. Mas você conhece a história dessa data tão importante? Ao contrário do que dizem, não se trata de um feriado festivo, em que patrões e empregados comemoram juntos, mas, sim, de um Dia de Luta dos Trabalhadores por dignidade e melhores condições de trabalho.
Até chegarmos aos dias de hoje, muita coisa aconteceu. Infelizmente, para que os direitos fossem conquistados, vidas foram perdidas no caminho. É uma história marcada, sobretudo, por resistência e luta.
Tudo começou lá na segunda metade do século XIX. A economia mundial passava por grandes transformações, devido à primeira crise do capitalismo, e muitos trabalhadores do campo migraram para as áreas urbanas em busca de uma vida melhor. Porém, o que encontraram foram empregos precários, com exploração da mão de obra, salários baixos e jornadas exorbitantes, de até 16 horas diárias.
Mas, com o passar do tempo, os trabalhadores descobriram que, além da força de trabalho, tinham também a força de organização para defender seus direitos. A partir daí, unidos, começaram a organizar a luta por uma sociedade mais justa e fraterna, sem oprimidos e opressores.
Em busca de dignidade, os operários convocaram uma greve geral em 1º de maio de 1886. Tudo parou. Enquanto mais de 5 mil fábricas estavam fechadas, aproximadamente 240 mil trabalhadores foram às ruas para bradar: “basta de exploração”. A principal pauta era a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias.
A greve surtiu efeito e, em muitos locais, os patrões cederam às reivindicações. Mas, em Chicago, uma das maiores cidades dos Estados Unidos (EUA), houve forte repreensão policial, deixando dezenas de mortos e feridos. Só que os patrões não contavam que nem as balas poderiam parar a força do trabalhador. Em 1889, a Segunda Internacional Socialista anunciou o 1º de maio como o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.
No Brasil, a primeira “comemoração” do 1º de maio, aconteceu em Porto Alegre (RS), em 1892, em meio a intensos protestos. Por todo lado, os trabalhadores lutavam contra a injustiça. Desde então, a data se tornou um símbolo de resistência, e atos históricos ocorrem mundo afora, reunindo milhares de pessoas.
Os patrões e governos até tentam reinventar a memória da data, com festas, comemorações e presentes, mas a história já está escrita. Dia 1º de maio é dia de LUTA! É o dia em que trabalhadoras e trabalhadores de diversas categorias se unem em uma só voz contra a injustiça, por direitos e melhores condições de trabalho.