Não pode ser coincidência: querem indicar o filho do Bolsonaro pra Embaixador nos Estados Unidos. O Governo americano deve muito dinheiro para o nosso INSS. Mensalmente, cerca de um milhão de Reais. Hoje são mais de 130 milhões, e vai aumentando mês a mês. A Embaixada Americana se nega a cumprir as regras brasileiras de contratação coletiva, mesmo quando contrata pessoas brasileiras em solo brasileiro. E as fazem assinar um contrato de gaveta, proibindo-as de se sindicalizarem. Aí, não pagam nem o INSS, e fica tudo por isso mesmo… ah, esses americanos… uma impunidade total. Desmistificando: lá é solo brasileiro. Dentro de Embaixadas e Consulados, podem ser aplicadas regras administrativas estrangeiras, mas não as normas trabalhistas, civis ou penais: então que paguem o INSS. Quando não pagam, é prejuízo para o Brasil todo. Prejuízo para os homens e mulheres brasileiras que trabalham naquela Embaixada e para todos os demais brasileiros, pois quando não se paga o INSS, o prejuízo é de toda a sociedade, sem exclusão de qualquer pessoa. Até o mais indigente dos indigentes é prejudicado, então, imagine você… você é o mais prejudicado. Prejuízo para todos nós.
Não quero nem falar do nepotismo explícito… quero dizer que não há coincidência em política, muito menos em política mundial. Numa visão alargada da história, que compreende o mundo, o que ocorre num país, ocorre em outro também, normalmente seu vizinho, é assim que vem acontecendo, historicamente. Por exemplo: não era só o Brasil, antigamente, uma ditadura: a América do Sul inteira, praticamente, era uma Ditadura Americana. Digo isso pois todos os golpes Militares da América do Sul foram, de alguma forma, arquitetados e financiados pela América do Norte. Disso resultou uma grande aversão aos Estados Unidos por boa parte da população brasileira. E uma outra parte passou a ser simpatizante. Ficou parecendo a luta do bem contra o mal: mas não havia dois lados, o comando de tudo era da América do Norte, os Estados Unidos.
Bom, se o filho do Bolsonaro for lá pra ser mandado pelo seu outro pai, o Trump… daí… pra ser bem educado, FERROU! Ferrou pra todos os brasileiros. Nosso novo papel na geopolítica mundial é o de colônia: uma colônia “democraticamente” conquistada. Em breve ocorrerá o mesmo com quase todos os nossos vizinhos. Nós aqui, brigando. E eles, dentro do país deles, gozando do bem estar de sugar todas as nossas reservas naturais.
Se até no Facebook fala-se de política… e os americanos comandam o Facebook… então? O que nos resta? Comunicação telepática dos trabalhadores não alienados, digo, as esquerdas? Em pouco tempo, se os sindicatos não se unirem neste momento, digo, todos os sindicatos da América Latina, nossas riquezas serão sugadas pelos americanos: hoje é você que toma uma Coca-Cola pelo canudinho, amanhã serão eles chupando nosso Petróleo, nosso salário, nossas florestas, nossas águas, tudo… além de se safarem de todas as dívidas, inclusive da dívida social com o nosso INSS.
Sindicato não pode fazer política? Até o Facebook pode. O “Guru” filosófico do Bolsonaro é na verdade um astrólogo que mora nos Estados Unidos. Coincidência? Nada em política é coincidência.
Sindicatos, não durmam todos neste momento: somos a última força institucional da sociedade.
Alessandro C.B. Valério
Secretário de Imprensa do SINDNAÇÔES