sexta-feira, abril 19, 2024
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Dilma defende mudanças em Organismos Internacionais

Após participação na 3ª Cúpula dos BRICS, em Sanya, China, nesta quinta-feira, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão engajados no crescimento econômico com justiça social e no desenvolvimento ambientalmente sustentável de suas economias.

Em sua fala de pouco mais de cinco minutos, a presidenta frisou a necessidade de reformulação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

Ela ressaltou, ainda, que a criação do G20 representou um avanço e um primeiro sinal de reconhecimento da necessidade de mudanças na governança global e que os BRICS querem intensificar a coordenação nos temas tratados no âmbito do G20, “mantendo a abertura ao diálogo no que se refere às aspirações de todos os países em desenvolvimento”.

“Sabemos que nenhuma nação, por mais poderosa que seja, pode superar seus desafios sozinha. Queremos somar esforços para promovermos nossas relações econômico-comerciais, científicas e tecnológicas, educacionais e culturais (…). Crescemos com distribuição de renda, equilíbrio macroeconômico e redução de vulnerabilidade externa. Acreditamos que a prosperidade verdadeira só pode ser a prosperidade compartilhada por todos”, disse.

Dilma Rousseff comemorou a entrada da África do Sul no bloco e parabenizou o presidente sul-africano, Jacob Zuma, pela realização da Cúpula do Clima de Durban, em 2011. “Seremos nós, o Brasil, a recolher a próxima conferência do clima em 2012 na Rio +20”, continuou.

Outro desafio elencado para o âmbito dos BRICS, na opinião da presidenta, é incentivar a educação de qualidade, que resultará em maior capacidade de inovação e desenvolvimento científico e tecnológico “para assegurar uma inserção soberana na economia global, cada vez mais interdependente”.

“Ademais, estamos cientes de que a paz e segurança estão intimamente associadas ao combate à fome, ao desenvolvimento e à criação de oportunidades para homens e mulheres e, em especial, para os jovens”, lembrou. Ao finalizar seu discurso, Dilma Rousseff agradeceu “a parte chinesa pela liderança demonstrada na cúpula” e informou que o Brasil antecipa a participação na próxima reunião dos BRICS na Índia, em 2012.

Declaração conjunta

No encerramento da reunião, foi divulgada a “Declaração de Sanya”, documento em que os integrantes do bloco de países emergentes manifestam posição sobre temas dos mais diversos. O texto começa com a explicação da montagem do grupo que “visa a contribuir para o desenvolvimento da humanidade e para o estabelecimento de um mundo mais justo e equânime”. “É o forte desejo comum por paz, segurança, desenvolvimento e cooperação que uniu os países do BRICS, com uma população de cerca 3 bilhões de cidadãos de diferentes continentes.”

E prossegue: “O século XXI deve ser marcado pela paz, harmonia, cooperação e desenvolvimento científico. Sob o tema “Visão Ampla, Prosperidade Compartilhada”, conduzimos discussões francas e aprofundadas, alcançando abrangente consenso sobre o fortalecimento da cooperação no BRICS, bem como sobre a promoção da coordenação em questões internacionais e regionais de interesse comum”.

O documento diz também que “nos planos econômico, financeiro e de desenvolvimento, o BRICS é uma importante plataforma de diálogo e cooperação”. Estamos determinados, segundo o texto, a reforçar a parceria BRICS para o desenvolvimento comum e a avançar, de forma gradual e pragmática, a cooperação intrabloco, refletindo os princípios de transparência, solidariedade e assistência mútua.

O documento contém 32 tópicos passando pelo pelo compartilhamento de que “o mundo está passando por amplas, complexas e profundas mudanças, marcadas pelo fortalecimento da multipolaridade, pela globalização econômica e pela crescente interdependência”, o compromisso dos países com a diplomacia multilateral, bem como o fato de “China e Rússia reiteram a importância que atribuem a Brasil, Índia e África do Sul em assuntos internacionais, e compreendem e apoiam sua aspiração de desempenhar papel mais protagônico nas Nações Unidas”.


 

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